Nos últimos anos verificou-se em Portugal uma forte inflação dos preços das casas, que começaram inicialmente nas grandes cidades e que gradualmente se expandiu por todo o Território Nacional em geral. Este aumento dos preços dos imóveis ainda está bem visível segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística, nos aumentos verificados no último trimestre de 2023, de 11,3% face ao período homologo do ano anterior.
No entanto com a entrada do ano de 2023, e a constante subida de juros e os seus impactos nas famílias da classe média, começou-se a verificar um abrandamento e estabilização dos preços das casas.
Neste contexto verificou-se em Portugal, que o 1º semestre do ano foi marcado por pequenas oscilações nos preços das casas, com uma aumento de cerca de 1,65%, enquanto se começa também a verificar a um aumento da quantidade de imóveis no mercado.
No 1º semestre de 2023 os preços sobem apenas 1,65%
De acordo com o índice de preços do setor residencial em Portugal, disponibilizado pelo Alfredo (plataforma que analisa em tempo real as tendências do mercado imobiliário em todo o país)
Observa-se então uma evolução de preços de cerca residual de 1,65%.
Estes resultados mostram-nos um abrandamento considerável no aumento dos preços, com uma aumento verificado residual. Por outro lado analisando a evolução ao longo dos vários meses de 2023, verifica-se que que em alguns meses houve mesmo uma queda de preços em comparação ao mês anterior.
Segundo os dados do INE, verifica-se que no primeiro trimestre de 2023, o índice de preços da habitação teve um aumento de 8,7% face ao período homólogo do ano anterior. Esta evolução corresponde ao menor crescimento desde o 2º trimestre de 2021.
Assim sendo, verifica-se nos vários indicadores um abrandamento considerável nos preços das casas em Portugal.
Evolução dos preços das casas por região
Analisando a evolução dos preços das casas em 2023, das 20 capitais de distrito, verifica-se um aumento de preços em 15 e a uma redução em 5
5 regiões com quedas nos preços do imobiliário:
- Guarda (11,19%)
- Portalegre (10,03%)
- Évora (6,23%)
- Bragança (2,68%)
- Beja (1,05%).
15 regiões, com aumentos nos preços dos imóveis, onde poderá ver as 3 primeiras abaixo:
- Funchal (10,12%)
- Setúbal (7,15%)
- Castelo Branco (6,71%).
Evolução do índice de preços na OCDE
De acordo com os índices da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), o abrandamento do aumento dos preços das casas não acontece só em Portugal. Quando se avalia a Zona Euro, verifica-se que os preços estão no valor mais baixo desde o 2º trimestre de 2020.
Embora o indicador de preços esteja a descer, pode ainda não se verificar uma queda efetiva no valor das casas no mercado imobiliário.
Por outro lado, em resultado da subida constante das taxas de juro, e a perspectiva que estas se mantenham altas durante um alargado período, é provável que os preços das casas se venham a ajustar a esta nova realidade.
Outra variável importante para os preços dos imóveis é a oferta disponível do mercado em função da procura.
Aumento de imóveis disponíveis no mercado
Até ao final de 2022, verificava-se que o mercado tinha pouca oferta em função da procura, mas no final de Junho de 2023, observa-se uma inversão desta tendência, com um aumento do indicador da oferta (4,63%), começando a mostrar-nos uma tendência crescente de mais casas no marcado.
Temos de verificar se o 2º semestre do ano comprova esta tendência, permitindo aos compradores uma maior oferta de escolha e seleção de imóveis, dando uma maior segurança de que é o momento certo para novos investimentos.